quinta-feira, 16 de junho de 2011

Pecuaristas criam medida para esconder crueldades praticadas contra animais nas fazendas


            Gravações secretas representam uma grande ameaça à indústria da pecuária, pois revelam as crueldades praticadas contra animais, nas fazendas. Por conta disso, pecuaristas têm unido esforços para banir filmagens secretas que flagram e denunciam o abuso aos animais por meio de uma medida proibitiva, em Iowa e outros estados dos EUA.
            Segundo informações do jornal Huffington Post, a medida de Iowa proíbe gravações a respeito do tratamento dos animais confinados em fazendas de criação e punirá as pessoas que arranjam empregos na indústria agropecuária só para ter acesso aos animais e às filmagens. As sanções propostas incluem multas de até 7.500 dólares e até cinco anos de prisão para quem mostrar a terrível verdade por trás dos bastidores dessa indústria cruel.

            A questão tem incomodado bastante os pecuaristas que enriquecem às custas da tortura, confinamento e exploração de animais criados para o consumo, já que os vídeos denunciam as condições cruéis a que são submetidos porcos, vacas e galinhas durante as etapas de criação industrial.
            Os fazendeiros alegam que os vídeos são “mentirosos” e unem esforços para impedir que esses vídeos sejam produzidos e divulgados. Ativistas dos direitos animais alegam que os pecuaristas querem impedir o público de ver como seus animais são tratados.
“Uma fazenda ‘bem administrada’ nada tem a esconder”, disse Emily Vaughn, gerente do programa nova-iorquino Slow Food EUA. “É algo que as pessoas têm o direito de saber”.
            Operadores de Iowa começaram perceber os problemas desde que ativistas distribuíram uma série de vídeos que mostravam os maus-tratos aos animais, de porcos sendo espancados até a pintinhos sendo moídos vivos.
            Em alguns casos, os operadores admitiram que os vídeos deflagravam problemas, mas eles disseram que os ativistas deveriam “relatar os maus-tratos diretamente para os gestores das fazendas ao invés de divulgarem as imagens ao público”.
            A legislação ainda bate de frente com a forte oposição de grupos de defesa dos animais.
            A Humane Society dos Estados Unidos estava entre os líderes na luta contra as medidas em Iowa e outros estados. A porta-voz da Humane Society, Carol Rigelon, disse que os adversários tiveram o cuidado evitando classificar a agricultura como uma indústria.
“O que estamos tentando fazer é expor as coisas que não poderiam ser expostas”, disse Rigelon.

                                                                                               Por: Cat Pinho

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